quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E então ela me disse: "Levanta a cabeça
Deixa isso pra lá .. não liga pro que aconteceu .
Aceite que as coisas sempre vão mudar
tudo um dia vai passar, tranquilo como o ar."

Aceite que na vida tudo muda: não teria graça se tivesse apenas uma fase a lua.

Mesmo só meio sem o que antes me completava.
Cheio de dor, conhecendo o outro lado dessa moeda chamada 'AMOR'
Às vezes, ainda sinto isso em mim. Puxo pra perto e tento me lembrar
Só me dói pensar que, talvez, isso nunca vá voltar..

Vou com os pés no chão, mas sei que é bom voar .
Sem medo de experimentar, vou junto do vento que soprar

"Perceba as pequenas coisas
e os grandes significados que cada uma tem
As que passaram foram boas ..
acabaram, mas te fizeram bem"

Então fica assim: uma palavra, quatro letras e um grande e invariável SIM.



- não me cobre explicações :* -

eu tô me guardando pra quando o carnaval chegar .. (8)


Refúgio Digital + Reflexo Exato

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ei, o que você acha de me ligar? Falar por uns cinco minutos, dizer que tá no portão de casa me pedindo pra ir te buscar .. dizer que veio me ver e que quer aproveitar antes do dia acabar . Só te peço, por favor, não venha pra me omitir .. mas nem pra me mostrar . Venha sabendo aproveitar .


O que você acha de me levar pra um lugar desconhecido pra passarmos o fim de tarde deitados na grama, de mãos dadas, trocando olhares .. vendo o sol se pôr, fazendo brincadeiras sem ter por quê .. fazendo coisas que nem mesmo nós seriamos capazes de entender . Coisas que nós nem poderiamos fazer .

Ou, se preferir, me leve pra um lugar bem distante, onde não exista antes ou depois . Um lugar em que seja eu, você e apenas nós dois . Me leve pra um lugar em que eu não precise me preocupar com o que pode acontecer ou com o que vão pensar . Me leve pra um lugar e me faça pensar que eu posso confiar, que eu não vou me machucar . Me leve e me deixe gritar, pular .. me deixe fazer o que eu quiser . Me leve, mas me carregue na hora de voltar . Me leve pra algum lugar, mas, pelo menos, me deixe vivo pra eu conseguir regressar .

Ou, se for melhor, não me leve daqui . Talvez seja melhor me deixar aqui, deixar tudo como está . Mas, se quiser só passear .. só não me leve pra muito longe .. eu tenho medo de não saber voltar .





Pra quem eu precisar explicar que isso não tem nada a ver com "passeio" e que é uma redação totalmente metafórica e conotativa ... vai pro próximo blog, por favor .

quarta-feira, 7 de julho de 2010


Será possível esquecer
Dos momentos que nós passamos,
Dos abraços que não damos,
Das palavras que não falamos?

Será possível apagar
Os olhares que nós trocamos,
Os beijos que nós não damos,
Os momentos que não aproveitamos?

Um gesto em um momento
E vem então aquele sentimento
Aquela estranha vontade de ‘sim’
E o coração a implorar por um ‘não’

Eu penso em tanta coisa que nem sei
Eu faço tanta coisa, quero tanta coisa
Ensaio palavras que nem digo
E, no fim, tenho medo de ficar contigo

Queria estar junto e entender o que você deseja
Saber o que se passa na sua cabeça
E sanar esse seu medo de que nada aconteça
Por mais errado que tudo isso seja

Queria voltar pra primeira fase
Curtir, aproveitar. Chorar, gritar e rir
Não temer e saber como te dizer
O que eu sinto por você

Estranho é saber que, assim, vai continuar a acontecer
E eu nada posso fazer pra isso parar de doer em mim
Só posso imaginar como poderia ter sido
Se a gente tivesse, realmente, agido .

... me diz: como poderia ter sido?





Refúgio Digital + Reflexo Exato + Paula Danielle

Imagem : http://vamoscorrer.files.wordpress.com/2010/03/a_chance.jpg

quarta-feira, 23 de junho de 2010

                       Bom . esse vai ser um post fudidamente pessoal, feito pra alguém especial .

Não tente entender ...


Se eu morrer ...
Promete não me esquecer?
Se eu morrer, tententender
Que ainda existe um mundo inteiro pra você.

Tententender que o tempo passa
Nada nessa vida vem de graça
Morrer é o preço que se paga
Pra viver direito. Cem por cento, sem defeito.

Se eu morrer, promete concordar,
Que céu, mesmo, é estar nesse mundo
Com alguém que tem a sinceridade de amar
E fazer valer a pena cada segundo junto.

Na verdade, é bem legal
Mesmo nesse baixo astral
Tudo tem um lado positivo
Só precisa de um pouco de otimismo

Se eu morrer, vou arrumar um jeito
De te provar que seu mundo é perfeito
E que a morte é um efeito especial
Que faz o coração chorar...

Mas, como qualquer efeito
Só tem a intenção de aperfeiçoar
É que viver é assim, desse jeito
Nasce, cresce e morre. Nada vai mudar.

Se eu morrer, te imploro que
Chore, se precisar chorar,
Mas se lembre que tem uma vida
Mais importante do que a minha

Não tenha medo . Faz parte o erro .
Se viver com calma, com a sinceridade da alma
Vai entender que, no fim, querendo ou não
O amor eterniza essa chama chamada VIDA
E, na verdade, nada é passageiro
Se fica guardado um pedaço inteiro
No fundo do coração.





Fica bem, preta ;')

Estou aqui com meus dezesseis anos e nove meses inundado de momentos vividos, lembranças, aprendizados e muita, muita EXPERIÊNCIA. ‘Tô aqui sentindo toda minha juventude implorando por um pouco de freio. E meu ego, escancarando um pouco de vida, tentando provar para alguém que sou, de fato, experiente. Estou aqui com filmes na memória, escrevendo minhas idéias e desejos. Usando e abusando de tudo que vivi para argumentar sobre a minha experiência. Estou cansado, exausto... mas minha “experiência” me lembra que é hora de terminar os deveres.


E isso de “idade”, cara. Ecoa na minha cabeça, porque, pra mim, faz sentido nenhum. Não tem muito jeito de medir essas coisas.


Eu já tive medo do escuro, de cobra, lagarto e escorpião. Descobri que não existe bicho papão e pesadelo é só coisa da nossa imaginação. Descobri que em rima não se usa prosa, mas em prosa se usa rima. Senti frio na barriga no primeiro dia de trabalho. Suei frio no primeiro dia na casa do sogro. Encontrei solução quando só me apresentaram problemas e amolação. Tive argumentos pra provar que saudade dói, pensar cansa, bobo mais perde, mas ‘nego’ esperto também dança.
Decorei meia dúzia de palavras bonitas e achei suficiente dizer que o amor é sentimento sincero que venero e cultivo em mim. Aprendi mais três e pensei saber abrir passagens secretas e fazer mágicas incríveis.
Tive primeiro beijo, primeira namorada, primeira briga... Não tive primeiro porre, ainda. Não quebrei o braço nem a perna. Desci na boquinha da garrafa. Tomei banho de chuva. Bebi escondido. Fiz juras eternas. Escrevi na mesa da escola. Me queimei com isqueiro. Conversei com o espelho e ensaiei conversas incríveis que jamais saíram da minha imaginação. Passei trote por telefone. Toquei a campainha e saí correndo.
Nunca matei passarinho nem beija-flor. Cuido bem do meu jardim e as flores que crescem são frutos das histórias que levo tatuadas na memória e rasuradas num original delicioso chamado VIDA.
Fugi de casa pra sempre e voltei antes do anoitecer. Roubei rosas pra presentear alguém especial. Gritei de felicidade. Pulei de felicidade. Chorei de felicidade. Já senti dor de tanto rir. Pulei na piscina pra nunca mais sair. Subi na árvore pra pensar .. pra tentar me encontrar. Deitei na grama e não quis mais levantar. Já toquei violão sob luar até ver o sol raiar. Cantei até ficar sem voz. Bebi coca cola até passar mal. Passei um fim de semana em casa sozinho, à custa de sanduíche e refrigerante. Amor e amizade eu já confundi. Peguei atalho errado e me fudi. Quis ser cientista, médico, veterinário, mágico, fotógrafo. Hoje sou o que sou. Nada do que quis ser. Sem pretensões do que quero ser. Arranquei cabelo branco com medo de envelhecer. Aliás, tive medo de envelhecer, de adoecer, de amolecer, de derreter. Tive medo de perder.. de te perder. E depois de tudo isso, não sei filtrar a idéia que tenho, pra mim, de "mundo". Só venho a receber feixes diversos e inconstantes que me confundem a respeito de como deve ser daqui em diante.

Vou tentando, com tudo isso, entender e arrumar um peso correto pra julgar o que realmente nos faz mais velhos ou mais novos. Uma coisa posso dizer: após anos e anos de vida, tenho em mente que sou mais velho que muitos, biologicamente mais velhos.

Vou tentando aprender a essência. Não me importar com aparência. Descartar a carência e o medo de seguir. Tento provar pra mim mesmo que felicidade é um estado relativo... E não uma situação. A cada dia tento olhar o mundo mais colorido para me desligar um pouco dessa história de segregação, desunião, desigualdade, irracionalidade. Seqüestro, ambição, assalto, corrupção. Tento arrumar um jeito de viver, depois de toda essa EXPERIÊNCIA, que justifique e que seja condizente com tudo que passei e aprendi ao longo de meus incríveis dezesseis anos. E essa história de idade, experiência... isso me intriga. Faz relação da metade que sou com a metade que não sei. Interroga sobre o que serei. Balanceia o que escrevi e o que apaguei.

E hoje estou sem o menor pudor me expressando informalmente, mas fazendo o que meu coração e meus "anos de vida" dizem ser o certo a fazer, sem me importar com regras ou formas alheias de expressão. Acho que toda minha experiência me fez, de alguma forma, entender que, mais que com um bom português, a minha vontade, meus desejos e, principalmente, o meu ponto de vista devem ser defendidos com opiniões, palavras e argumentos sinceros que justifiquem a história de vida que carrego dentro de mim, que sejam coerentes com o que eu vivi e o que aprendi com todas as minhas experiências. Lamento por não saber explicar com clareza o que é isso de “idade”. Não sei bem se é justo fazer uma argumentação apenas em prol de “anos de vida”, muito menos segregar uma sociedade inteira por causa de uns anos a mais ou a menos. Cada um tem seu lado positivo, temos que ver isso. Uma ou duas dúzias de primaveras, cabelo branco, barba na cara .. nenhum desses é motivo de hipo ou supervalorização. É só uma condição.

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